Ensino Digital

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São Paulo, 13 de  novembro de 2012 às 16:30
O ENSINO DIGITAL
POR ONDE EU COMEÇO?








Tudo bem, mas por onde eu começo?
Bom, “comece pelo começo”: você já é um Professor Digital? Se não for, não tem problema, mas tenha em mente que será preciso se tornar um deles.
Comece a usar o computador de forma regular para digitar textos, fazer gráficos, navegar na internet, trocar e-mails com colegas e parentes, participar de grupos de discussão e redes sociais, ler revistas e jornais, enfim, para atividades que fazem parte do seu dia a dia.
Visite blogs de outros professores e veja o que eles estão fazendo, como usam a internet, que sugestões e dicas eles dão para seus leitores, etc. Visite também sites ligados à Educação (da sua rede escolar, do seu município, do seu estado, do governo federal, de outros países) e procure por textos que falem sobre o uso pedagógico das TIC.
Entre na web 2.0; descubra ferramentas/sites de compartilhamento (de textos, fotos, filmes, planos de aula, etc.). Descubra o Google, o YouTube, o Facebook, o Twitter, o MySpaces, o Skype, o Dropbox., etc. E se você não sabe do que estou falando, comece a digitar esses nomes na busca do Google, por exemplo, e descubra do que se trata.
Entenda que os computadores e a internet são seus aliados. Pergunte-se porque os alunos gostam tanto de computadores e da internet e eles lhe dirão que “é muito divertido”. Sim, é mesmo! Aprenda a se divertir também! Não se preocupe em se tornar “imediatamente” um Professor Digital, comece se tornando um “usuário digital”.
Referencia – http://professordigital.wordpress.com


Dia das Crianças

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São Paulo, 12 de outubro de 2012 às 21:53

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS
QUANDO SE CRÊ NA ESPERANÇA, JAMAIS SE ESQUECE A INFÂNCIA*

* frase de Ana Stoppa.


      
Neste dia especial, quero felicitar todas as crianças com um sorriso amigo, um abraço fraterno, dizendo que, apesar das dificuldades, dos planos frustrados, metas inatingidas, entre outra série de fatores, nós, professores e profissionais da educação que somos, estamos fazendo de tudo para que vocês possam usufruir do melhor no que diz respeito à aquisição dos conhecimentos necessários a um cidadão consciente. Que este dia fique marcado tanto para as crianças quanto para nós educadores. Façamos desta data mais um momento de reflexão a respeito do nosso fazer pedagógico. Tudo o que pudermos fazer para melhorar a qualidade de ensino, essas crianças agradecerão. Não por uma simples elevação de índice, mas para que o conhecimento não continue sendo algo mal visto, massante, chato e desinteressante. A dor que o saber nos comete é curada pela satisfação do saber compreendido. 

Feliz dia das Crianças!
Wesley Conrado

Plano de aula

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São Paulo, 09 de outubro de 2012 às 17:18

PLANO DE AULA I
O PATINHO QUE NÃO ERA TÃO FEIO ASSIM




TÍTULO DA AULA: O Patinho que não era tão feio assim.
TURMA:
alunos de 7, 8 anos (2º ano do ensino fundamental).


OBJETIVOS
- Trabalhar aspectos de entendimento do texto;
- Sondar a capacidade de síntese dos alunos;
- Trabalhar aspectos sintáticos, semânticos e ortográficos;
- Constatar o nível de produção textual coletiva.

MATERIAIS
- Livro: O Patinho Feio, de Ruth Rocha;
- Cartolina;
- Papel color set nas corres amarelo, branco e laranja;
- Lápis de cor, canetinhas, cola e tesoura.

PROCEDIMENTOS
a) Levantar questionamentos acerca das histórias sobre  o Patinho Feio, tais como:
    - Vocês conhecem a história do Patinho Feio?
    - Todas as histórias dele são iguais?
    - Todas as histórias terminam do mesmo jeito?
b) Contar atentamente a história do Patinho Feio.
c) Pedir para que a sala reconte oralmente a história que foi lida.
d ) Levantar questionamentos sobre o texto lido, tais como:
     - O que vocês acharam da histórinha? Triste ou feliz?
     - Vocês concordam que o patinho era feio?
     - Vocês dariam outro final para a historinha?
e) O professor propõe uma resscrita coletiva do final da história e constroi com a turma um novo desfecho para o Patinho Feio, levando-os a reflexão de que esse patinho não era tão feio assim. O professor no papel de mediador escriba, escreve na lousa a sugestão de todos e organiza o texto segundo as hipóteses lançadas pela sala. Com isto, reflexões sobre o sistema de escrita, como também de sentido são trabalhadas a fim de que os alunos compreendam a importância da escrita ortograficamente correta e com sentido.
f ) Cada aluno copia a resscrita em uma cartolina e faz uma ilustração com patinhos feitos em forma de dobradura.
g) Após a confecção das reescritas, os alunos colam os cartazes em um mural, para que outras crianças possam contemplar a reescrita e o novo final criado pela turma para o Patinho que não era tão feio assim.


 AVALIAÇÃO
- Por meio de cartaz.

Wesley Conrado

Rotina de Leitura

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São Paulo, 25 de setembro de 2012 às 21:23

ROTINA DE LEITURA
A HORA DA LEITURA COMO UM AMBIENTE ALFABETIZADOR


      Antes de associarmos as rotinas de leitura à alfabetização, precisamos saber o que é exatamente uma rotina de leitura. Segundo o dicionário, rotina é um hábito de fazer uma coisa sempre do mesmo modo, mecanicamente; ou ainda, repetição monótona das mesmas coisas; apego ao uso geral, sem interesse pelo progresso. Em nosso caso, a palavra rotina se enquadra mais ou menos na primeira definição, ou seja, como um hábito, portanto, rotina de leitura é um hábito do professor de sempre ler livros diferentes para as crianças.
      A rotina de leitura, geralmente está inserida em uma rotina maior, isto é, na rotina diária da classe. Em função disto, muitas vezes, a hora da leitura se torna muito reduzida, pois, as demais atividades demanadam tanto tempo que a parte dedicada aos livros é bem rápida e resumida, como que pra dizer que aconteceu, apenas, e, depois, dão início as atividades do dia.
      Ter uma rotina de leitura é imprescindível. Como propiciar ao aluno um ambiente de leitura sem que ele tenha contato com os livros? Como incentivá-los à leitura sem que eles reconheçam-na como divertida, interessante e desafiadora? A rotina de leitura é importante para instigar na criança desejos que, no futuro ou já de imediato, dispertem nela o desejo de viajar no mundo dos livros.
      Quais são os requisitos básicos para ter uma rotina de leitura satisfatória? É preciso que o professor compreenda que o período de tempo dedicado a esta atividade é precioso, tanto quanto o das demais atividades. Além disto, ele precisa selecionar um bom livro, assunto, aliás que futuramente irei abordar aqui, e preparar a leitura para que o aluno entre de fato na história contada a fim de que não ocorra erros na leitura feita pelo professor. Esses são requisitos básicos para um bom aproveitamento desta atividade.
      Como utilizar a hora da leitura como, também, um momento alfabetizador? Precisamos considerar primeiro que nem sempre este tipo de associação é viável, pois, além de tornar a rotina cansativa, perde o sentido de ser uma leitura por prazer e passa a ser uma leitura 'obrigatória'. Feita as devidas considerações, prossigamos. Quando contamos uma história na hora da leitura, podemos, ao término dela, levantar uma série de perguntas a respeito dos acontecimentos ocorridos, depois, podemos produzir textos que deem um novo começo ou fim a esta mesma história, e nesse interim promover reflexões sobre o sistema de escrita, além de outras atividades, como interpretação de texto, compreensão de diferentes gêneros textuais, ditados dirigidos, entre outros.
      Nossa próxima publicação será um plano de aula que mostre justamente isso: a hora da leitura como, também, um momento alfabetizador.

Wesley Conrado

EXISTE LITERATURA INFANTIL?

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São Paulo, 22 de setembro de 2012 às 14:05

EXISTE LITERATURA INFANTIL?
UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DE UMA LITERATURA APENAS PARA CRIANÇAS

Fonte da imagem: http://www.entrelectores.com 

      Uma pergunta bastante interessante a se fazer é: existe Literatura Infantil? Pensando nisto, Carlos Drummond de Andrade afirma que "(...) o gênero 'Literatura Infantil' tem, a meu ver, existência duvidosa: Haverá música infantil? Pintura infantil? A partir de que ponto uma obra literária deixa de constituir alimento para o espírito da criança ou do jovem e se dirige ao espírito do adulto? Qual o bom livro para crianças, que não seja lido com interesse pelo homem feito? (...)". Visando a esses questionamentos, convido a todos vocês a fazerem algumas reflexões.
      Lúcia Pimentel Goes, autora de vários livros infantis, afirma que "Literatura Infantil é linguagem carregada de significados até o máximo grau possível e dirigida ou não às crianças, mas que responda às exigências que lhes são próprias." Note que, com uma outra visão, Goes fala a respeito de uma Literatura separada, isto é, destinada a um público específico, ou seja, às crianças, mas que também é alvo de leitores adultos. 
      Acima notamos dois pontos de vista diferentes. Um, o de Drummond, afirmando a duvidosa existência desta literatura e o outro, o de Goes, declarando uma divisão entre a Literatura destinada aos adultos e uma outra destinada às crianças. Com a tentativa de responder os questionamentos feitos por Drummond e analisando a afirmação de Goes, fiz os seguintes levantamentos:
      1º O que é declarado infantil o é porque responde a exigências próprias da faixa etária a que se quer dirigir, exigências como o conteúdo, vocabulário, etc.
      2º  Segundo Viriato Correa, "(...) para o adulto o que mais importa nos contos infantis é a finalidade. Mas para a criança a coisa é diferente: interessa-lhe menos a finalidade do que o caminho que a finalidade conduz." Portanto, uma obra não deixa de alimentar o espírito da criança para começar a alimentar o do adulto, ela apenas comporta os dois alimentos, isto é, interesses, tanto o dos pequenos quanto o dos já crescidos.
      3º Talvez a melhor pergunta que Drummond pudesse ter feito seria: Qual o bom livro para adultos que não seja lido com interesse pela criança? Isto significa que, a distinção precisa ser feita para a criança, não necessariamente para o adulto. A obra destinada às crianças requer que a todo momento apareçam fatos novos e interessantes, peripécias e situações imprevistas, além de um conteúdo moderado e linguagem acessível, porém o valor estético não pode ser relegado sob o pretexto de que se escreve para crianças. Como certa vez disse Stanilawsky, pedagogo e escritor russo, a produção feita para crianças precisa ser "(...) igual ao dos adultos, só que melhor (...)", e, talvez, por isso, seja tão apreciada por homens feitos.


Wesley Conrado

AFINAL, O QUE É LITERATURA, MESMO?

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São Paulo, 8 de setembro de 2012 às 13:28

AFINAL, O QUE É LITERATURA, MESMO?
UMA BREVE DISCUSSÃO A RESPEITO DO CONCEITO DE LITERATURA


Fonte da imagem: http://denisedias.blogspot.com.br/

      É incrível que estudamos cerca de 3 anos as literaturas de Língua Portuguesa e saímos sem saber, de fato, o conceito de Literatura. Nos preocupamos tanto com as chamadas Escolas Literárias, estilos de época, contexto histórico, que o conceito de Literatura se perde e, muitas vezes, é considerado como algo subentendido. Pois bem, visando esta dificuldade, vamos descorrer um bocadinho a respeito deste assunto.
      A palavra Literatura vem do Latim "litteris" que significa "Letras", logo, trata-se de um conceito que envolve vocábulos de uma determinada língua. Quando falamos em Literatura, de imediato pensamos em pessoas cultas, nomes como, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Clarice  Lispector entre outros; porém ela vai muito além desses nomes todos e, inclusive, além do que se imagina.
      Podemos definir Literatura, antes de tudo, como Arte. Segundo um importante Portal de Educação, o chamado Brasil Escola, Arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. Portanto, Arte é um meio pelo qual o homem se expressa através de diferentes mecanismos, uns com as tintas, outros com o gesso, com a melodia, os gestos, etc. Literatura é justamente isso, Arte que faz uso de palavras para expressar os sentimentos do homem.
      A pergunta que não quer calar: que tipo de texto pode ser considerado artístico, isto é, Literatura? Obviamente que não é qualquer tipo de texto e nem qualquer tipo de construção linguística. Muitos autores tomam como base a produção de escritores renomados e produzem obras semelhantes, outros ousam criar um estilo próprio, mas todos se utilizam das figuras de linguagem - aliteração, assonância, paronomásia, elipse, zeugma, etc - para compor as suas obras.
      Para concluir, conceituar Literatura é importantíssimo para leitura de obras literárias e para o ensino-aprendizagem que a envolve. A consciência de que esses textos são frutos da expressão de um sujeito que, muitas vezes, pensa como a gente, sente como a gente e vive como a gente, dá uma outra cara para as nossas leituras e rompe o pré-conceito de que Literatura é algo muito distante da nossa realidade, e de que é apenas para os intelectuais.


Wesley Conrado